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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Aline Sangalo ou melhor Ivete Barros?!

Pessoal, achei muito interessante esta matéria que resolvi postar aqui no blog para vocês. Deêm depois sua opinião.

Em crise, gravadoras tradicionais buscam mercado religioso
A indústria fonográfica não tem do que reclamar. Vender 50 mil cópias de um disco, hoje, é mamão com açúcar. Consumidores se interessam mais em abrir a carteira do que links para download pirata. O negócio de livros também vai bem, obrigado. O de DVDs, então, nem se fala.
O cenário descrito acima pode soar como milagre para o mercado de entretenimento, que apanha ano após ano com o tombo nas vendas. Já o setor gospel, bastião de bonança no meio da crise, pode soltar “aleluias” por aí. Veja o caso da cantora Aline Barros (foto), 35. Já ouviu falar dela? Talvez não, se você for um “secular” (como evangélicos se referem a quem não compartilha da mesma fé).
Mas tudo o que Aline toca vira ouro – até disco de diamante, conquistado pelas mais de 360 mil cópias vendidas, em menos de dez meses, do álbum “Extraordinário Amor de Deus” (2011). O extraordinário poder das vendas, com certeza, a atingiu. Casada com pastor, frequentadora todos os domingos de uma igreja na zona sul do Rio, ela é uma espécie de Ivete Sangalo do gospel. Na carreira, já vendeu 7 milhões de discos.
Assim ela avalia o sucesso, inclusive no tal “mundo secular”: “As pessoas estão buscando algo maior, cansadas de falar só sobre problemas, problemas, problemas”.
Lucros, lucros e lucros são o que grandes gravadoras viram no potencial de Aline –premiada quatro vezes no Grammy Latino, que em 2004 criou categoria especial para álbum gospel em português. Disputada, a cantora acabou renovando contrato com a MK Music, maior gravadora gospel do país. Presidente da MK, Yvelise de Oliveira, 60, desdenha do “súbito interesse” das gigantes do ramo.
Para ela, as “majors” desprezaram a força do público antes. Como “quando vieram os sertanejos, e diziam ‘absurdo, que bregalhada’”, compara Yvelise.
NOVO NICHO
Diretor-geral da Som Livre, Marcelo Soares considera que “o público não religioso pouco gasta em suas crenças pessoais”. Já o cristão, “além desses gastos”, tende a gastar mais com cultura. O selo representa nomes como Ana Paula Valadão, 35 (7 milhões de CDs e DVDs vendidos). Diz a pastora: “Rádios seculares estão começando a tocar nossas canções. Os apresentadores sempre dizem que antes tinham preconceito”.
A Sony Music inaugurou, em 2010, um departamento especializado em gospel. Seu diretor, Maurício Soares, levanta o perfil desse consumidor. “O evangélico lê mais, cerca de sete livros por ano. E as rádios do segmento, na maioria, são líderes do tempo médio de audiência”. Na Central Gospel, império tocado pelo pastor Silas Malafaia, DVDs vendem cerca de 1 milhão de cópias por ano. Diretora-executiva, Elba Alencar destaca: “Como a própria Bíblia diz, ‘a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus’”.
Fonte: Anna Virginia Balloussier, na Folha.com

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