terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

1º Capítulo da novela "Eu acredito no Amor"


Karine vive com os seu pai Ernestro em um vila simples na pequena "Água Alegre" onde o ajuda a manter a casa vendendo pastéis em uma barraquinha na única praça que existe na cidade.
Com apenas 17 anos, a mesma que sonha em ser uma grande professora, lida com a difícil situação de seu pai, que vive pelas ruas caindo de bêbedo. Mesmo assim, nunca o destratou, pelo contrário, sempre o aconselhava a mudar de vida porém, o mesmo toda vez prometia mudanças mas, nunca cumpria com a palavra.
_Se você continuar bebendo assim Ernestro - disse Karine - vai acabar morrendo cedo, perdendo o bem mais precioso que Deus nos deu, que a é a vida.
_ Eu não bebi muito - resmungou Ernestro - apenas um, dois, três ou quatro copinhos, mas semana que vem não bebo mais, palavra de escoteiro.
_Você tem que mudar de vida Pai, somos uma família. Só tem você, o Antônio e eu. Não temos mais ninguém. Precisamos permanecermos unidos. Mas com o senhor bebendo desta maneira, eu não sei por quanto tempo vou aguentar.
_ Não se preocupa filha, seu pai ta velho, logo vai bater as botas.
_ Não pai, eu te amo, não quero que o senhor morra, pelo contrário, quero que o senhor viva e com saúde.
_ Não se preocupe comigo, eu sei me cuidar.
Karine ganhava muito pouco vendendo pasteis então decidiu procurar um emprego novo, e depois de muitos nãos, conseguiu uma vaga como garçonete onde ganhava quase um salário. Ela contava apenas com a ajuda de sua amiga Vanessa, que tinha uma vida financeira mais bem resolvida, e dava algumas coisinhas para sua amiga.
_ Pode levar esse calçado pra você - disse Vanessa - eu nem uso mais, está batido amiga.  Lembre-se que você agora tem que andar chique neste emprego. E a propósito em que vai trabalhar mesmo?
_ Vou ser garçonete Vanessa.
_ Nossa, garçonete? Não conseguiu nada melhor? Digo.. Quero dizer...
_ Não consegui. Mas estou feliz! Com o dinheiro que vou ganhar vai dar para pagar um pouco as dívidas e logo, logo, quem sabe não aumentam o salário e eu consiga fazer a minha faculdade?
_ Eu não conseguiria trabalhar de garçonete - ironizou Vanessa - mas, se você quer tentar, não é mesmo? Vai em frete amiga, arrasa.
Karine foi para casa toda feliz por ter conseguido o emprego porém ao se distrair nas rua, quase foi atropelada por um rapaz que vinha em uma moto. Este ao se desviar da garota, acaba jogando a moto para cima do passeio e cai ferido ao chão.
_ Moço, moço - gritou Karine - o senhor está bem? Desculpe não foi a minha intenção!
Um tumulto se forma no local e uma ambulância, que foi chamada por moradores que moravam ali perto, chegou e rapidamente foi levando o rapaz para o hospital, deixando Karine muito chateada.
_ Será que ele vai ficar bem? Meu Deus e agora? Eu nem tenho condições de pagar essa moto. Estou perdida!!!
Selma Alencar, mãe do rapaz, que se chama Gabriel, apareceu no local destratando Karine que tentou se defender dizendo que não teve culpa, mas a madame, não lhe deu ouvidos e disse apenas que a garota iria parar na cadeia.
Karine foi liberada para ir para casa pelos policiais e ao chegar em casa contou para seu irmão mais velho Antônio e também para o seu pai tudo o que ocorrera. Eles não deram muita importância, porém, quando Karine falou do emprego, ficaram alegres, pois, afinal, era Karine que sustentava os dois marmanjos.
Ao final do dia, Karine estava fazendo a janta e ajeitando a casa para deixar tudo no lugar, pois, no dia seguinte, começaria a trabalhar e não teria tempo. Ela escuta uma voz lhe chamando no portão e quando vai ver, se assusta ou ver a mãe do rapaz em sua porta, dizendo que o mesmo estava muito mal e que ela iria pagar pelo que fez com o seu filho.

Continua ....


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