A notícia de que Davi estava internado correu logo pela cidade e chegou à redação do Jornal, para a alegria de Lúcio.
_ Não estou acreditando, Tereza, o Davi está internado. Eu tenho que dá um jeito de aproveitar essa oportunidade que caiu dos céus para acabar com a vida dele.
_ Tome cuidado, Lúcio. Acho que você está indo longe demais. Você não me contou que raiva é essa que você sente do Davi. Parece que ele fez algo de grave com você ou é você que tem medo Dele lembrar de alguma coisa que você fez a ele ou a outra pessoa.
_ Deixe de bobagem, Teresa. Eu só quero ele bem longe de mim. Vou dá um jeito de ir lá no hospital. Se alguém procurar por mim, diga que fui visitar o nosso moribundo.
Lúcio sai da sala e Tereza diz em voz baixa:
_ Sei não, viu. Tem caroço nesse angu. E você sabe, Lúcio, que quando eu quero descobrir uma coisa, eu descubro. Esse mistério, eu vou desvendar.
Enquanto isso, no hospital, Samuel não desgrudava de perto de seu amigo, mas foi chamado pelo médico para conversar novamente e teve que deixar Davi sozinho.
Lúcio rapidamente chegou ao hospital para visitá-lo e como era influente e tinha uma amante que trabalhava na recepção, chamada Tábata, conseguiu entrar para vê-lo, mesmo não estando no horário de visitas.
_ Você sabe que tem tudo comigo, não é mesmo Tábata?
_ Sei sim, mas você não tem sido tão presente em minha vida. Faz tempo que não aparece. Fico com saudades. Óh, estou deixando você passar, mas olha lá o que vai aprontar. Segundo o que fiquei sabendo, o rapaz entrou aqui no hospital muito mal.
_ Que isso, sabe que não sou de deixar pistas. Sei muito bem como resolver meus problemas.
_ Tá bom, vai lá. Hoje à noite, você me encontra no nosso lugarzinho de sempre. O Davi está no quarto 209, do corredor dos fundos.
Os dois se beijam escondidos e Lúcio segue para o quarto onde Davi estava. Ao chegar lá, o encontra desfalecido. Lúcio começa a dizer a Davi algumas coisas:
_ Você realmente é um fracote igual o seu pai. Eu disse que me vingaria dele, e agora estou aqui. O que fiz a você no passado não foi o suficiente? Até que parece que você gostava, haha!! Maldito Ernesto! Tirou tudo o que havia conquistado, até o amor de sua mãe. Mas Ele preferiu fugir, fez tudo somente para me humilhar. Agora é hora de terminar o que comecei.
Lúcio pega um travesseiro e segura firme com as duas mãos em direção a cabeça de Davi, porém...
_ O que você está fazendo? Perguntou Letícia ao entrar correndo no quarto tentando escapar da enfermeira que vinha atrás dizendo que não estava na hora de visitas - Me solta enfermeira!
_ Moça não está na hora de receber visitas.
_ Não está? E o que esse cara está fazendo aqui dentro?
_ Bom, eu não sei, mas os dois terão que sair agora, se não, vou chamar os seguranças ou até mesmo a polícia.
Lúcio tenta sair pela tangente...
_Olha, eu sou o Lúcio Campadello, do Jornal onde o meu amigo Davi trabalha. Tive que vir agora, pois todos nós lá da redação estamos muito preocupados com ele. Ao ver que o pescoço dele estava caído, peguei o travesseiro que estava sobrando e fui ajeitá-lo, pois não tinha, nenhuma enfermeira aqui e ele estava sozinho. Acho que vou ter que reclamar com o diretor deste hospital.
_ Não, não precisa. O senhor está certo. Esse erro não se repetirá. Mas agora, podem deixar que tomo conta dele. Enquanto a você, jovem, o Davi está dormindo por causa dos remédios. O horário de visitas é a tarde, das 14h às 15h, se quiser voltar.
_ Claro que irei voltar - disse Letícia - o Davi não está sozinho.
_ Sim - concordou ironicamente Lúcio - ele tem os melhores amigos do mundo.
Continuaaaaa...
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