... Algumas horas depois de almoçar Gabriel foi para o escritório de seu pai e chegando lá foi chamado de irresponsável e inconsequente por ter quebrado a moto que estava conduzindo.
_Você deveria ter mais juízo e procurar crescer Gabriel - disse Renato - não tem mais idade para ficar malandrando pelas ruas como um jovem delinquente e mimado pela mãe. A partir de hoje vai ter que trabalhar para conseguir dinheiro, não lhe dou nem mais um centavo.
_ Que isso pai, por que essa agora? Por causa da moto? O senhor pode comprar quantas quiser.
_ Não estou falando pela moto meu filho, estou preocupado é com o seu futuro, que pelo visto, não adiantou nada ficar estudando e gastando tanto dinheiro no exterior. Não exerce a função de administrador que tanto sonhei pra você. E olha que lhe dei a opção de não fazer se não gostasse da área.
_ Ah! Pai, o senhor está certo, a partir de hoje, vou ser um novo homem. Confia em mim.
_ Claro que eu confio filho. Como disse, eu me preocupo com você. E já que está querendo mudar, pode começar pedindo aquela moça do restaurante desculpas pelo teu comportamento.
_ O que? Não, o senhor está brincando néh.
_ Você não disse que queria mudar? Comece pelo seu caráter.
Gabriel engoliu seco aquelas palavras que seu pai lhe dissera e foi embora do escritório, porém, não fez o que seu pai havia lhe pedido. Ele foi se encontrar com Jerusa, sua "ficante".
_ Nossa, você demorou - reclamou Jerusa - pensei que nem mais iria me ver. "Tô" aqui tão carente.
_ Cale a boca e me beija - disse Gabriel, puxando-a pelos braços.
_ Nossa!! Como você tá animadinho hoje. "Tô" achando que o carente aqui é você.
_ Vamos para outro lugar - disse Gabriel - quero muito você. Só você.
Gabriel estava perturbado, pois Karine havia conseguido mexer com sua mente e mesmo sem conhecê-la, só sabia pensar naquele rosto meigo e angelical.
Os dias se passaram e Gabriel evitava ao máximo se aproximar do escritório de seu pai, pois administrar uma loja de roupas não era o seu forte. Logo, de tanto se esquivar de seu pai pelos corredores de sua casa e da loja acabou dando de cara o mesmo que o colocou contra a parede.
_ E aí, mudou de vida mesmo? Ou só fez aquela cena para eu ter pena de você.
_ Que isso meu pai, tu pelo visto, não conhece o filho que tem.
_ É.. Então você pediu desculpas para a moça do restaurante?
_ Sim, claro! Sou de palavra.
_ Então sua palavra para mim comparado com uma "merda" é a mesma coisa.
_ Nossa, o senhor está afiado hoje.
_ Chega Gabriel - exaltou Renato - estou farto de suas gracinhas, seus gastos e sua rebeldia. Enquanto você não mudar e não "virar homem" de verdade eu não falo com você.
Renato deu as costas para seu filho e foi para a loja. Gabriel ficou apenas lhe olhando assustado e sua mãe apareceu na hora ao ouvir os gritos de Renato.
_ Mas o que aconteceu aqui? Que gritaria são essas tão logo cedo! Parece casa de pobre.
_ É o meu pai, mãe. O senhor Renato deu agora para pegar no meu pé. E pelo visto, é pior do que eu imaginava.
_ Ele que ouse se aproximar do meu bebê. Eu peço ele o divórcio. Eu vou te proteger.
Mais tarde, Renato foi almoçar no restaurante, o único da cidade, e fez de tudo para ser atendido por Karine que, assustada com o interesse do homem ricaço, temeu se aproximar, mas de tanto o mesmo insistir foi atendê-lo.
_ Espero que o senhor não seja grosso como seu filho pois, hoje não estou em um dia bom.
_ Calma filha, quero apenas conversar com você - disse Renato, tranquilizando a menina - creio que nossa conversa será proveitosa.
O que será que Renato disse para Karine? Vamos conferir ... No próximo capítulo.
... Continua ....
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